EPIFANIA
Popularmente o dia 6 de janeiro o chamamos de “Dia dos Reis” ou “Santos Reis”. Na verdade, é o Dia da Epifania do Senhor, dia da manifestação pública de Jesus, como o Senhor, o enviado do Pai, o Messias. O Natal é a primeira epifania de Cristo e nós a celebramos com muito fervor. Nesse dia, reconhecemos que Cristo penetrou o mundo pagão. Os magos do Oriente foram visitar Jesus e levaram seus presentes: ouro, incenso e mirra. Eles, mesmo sendo pagãos, reconhecem a divindade de Jesus. Eram homens piedosos e poderosos, sábios e cheios de cultura e espiritualidade.
Sabemos pelo relato bíblico, o Evangelho, que eram magos e vieram do Oriente, e a tradição cristã nos resgatou até seus nomes: Gaspar, Baltazar e Belchior.
O ouro, incenso e a mirra, que era uma resina de uma planta e que servia para embalsamar os corpos, pois é de um odor muito agradável, usado até em perfumes, têm um sentido bíblico muito profundo. Jesus é o Senhor (ouro) e verdadeiro Deus (incenso) que nos trouxe a alegria, o odor suave e contagiante (mirra) de nossa salvação. Esses presentes trazidos pelos magos, lembram também a ternura para com as crianças, o que Jesus vai lembrar mais tarde: "o que fizerdes a cada um destes pequenos, a mim o fazeis" (Mt. 25, 40).
O fato Epifania – revelação de Jesus como nosso Senhor e Salvador -, e os Magos que foram ao encontro de Jesus, representam todo homem e toda mulher que vão ao encontro de Cristo e se prostram humildemente diante dele. É verdadeiramente a imagem de uma Igreja servidora e peregrina, uma família de irmãos verdadeiros, de todas as raças, cores e culturas, que reconhecem a Jesus como nosso Senhor. A Epifania continue a revelar nossa própria identidade de cristãos.
Pe. Ferdinando Mancílio
