Imaculado Coração de Maria, sede a nossa salvação!

Celebração do Imaculado Coração de Maria

Anualmente, a Igreja celebra, no sábado seguinte à sexta-feira em que se celebra o dia do Sagrado Coração de Jesus, o dia do Imaculado Coração de Maria. Muito bonito e significativo essas datas estarem próximas, uma ao lado da outra, assim como Maria, que sempre esteve ao lado de Jesus. Seus corações estão unidos, ligados um ao outro.

Santo Agostinho afirmou que Maria foi a que mais cooperou para a Redenção. Ela gerou o Verbo humanado e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício por nossa salvação. Em união com Cristo e submetida a Ele, colaborou para obter a graça da salvação à humanidade inteira. O ensinamento da Igreja sublinha com clareza a diferença entre a Mãe e o Filho na obra da salvação, ilustrando a subordinação da Virgem, enquanto cooperadora, ao único Redentor.

A história da Igreja nos conta que Santa Margarida Maria Alacoque, a quem o Sagrado Coração de Jesus se revelou, entendeu tão bem a ligação entre as devoções aos Corações de Jesus e de Maria que considerava as duas uma só. Por isso, ela tinha o hábito de rezar esta jaculatória: “Divino Coração de Jesus, eu vos adoro e vos amo do modo como viveis no Coração de Maria e vos peço que vivais e reineis em todos os corações”.

O confessor de Santa Margarida, São Cláudio de la Colombière, mostra-nos o mesmo caminho indicado a nós por Jesus: “Resolvi não pedir nada a Deus em oração que não fosse por meio de Maria”. Outros santos, devotos do Sagrado Coração de Jesus, como Santa Brígida, São Francisco de Sales e São João Eudes, referiam-se ao Coração de Jesus e de Maria, no singular, para evidenciar a perfeita união de sentimentos e disposições entre o Coração da Mãe e do Filho.

O coração de Maria, assim como o coração de Jesus, foi o coração que tudo sofreu e que tudo amou! Na profecia de Simeão, quando Jesus foi apresentado no Templo, ele disse que aquele menino, Jesus, seria causa de queda e soerguimento para muitos, e que uma espada de dor transpassaria o coração de Maria. E, de fato, Maria teve as sete dores, e as espadas estão transpassadas no coração dela. Sete é o número perfeito da Bíblia; dizer que Maria teve sete dores significa que Maria teve todas as dores. Assim como se fala das sete palavras de Cristo na Cruz, Jesus nos disse na Cruz tudo o que tinha para falar.

São Lucas, em seu evangelho, lembra-nos que Maria guardava todas as coisas em seu coração (2,19); a lembrança de seu SIM e de todos os momentos em que esteve com Jesus, seu menino, do nascimento ao Calvário.

À Virgem Santa, com seu imaculado coração, “podemos dirigir-nos com confiança, implorando-lhe o auxílio, na consciência do papel singular a Ela confiado por Deus, o papel de cooperadora da Redenção, por Ela exercido durante toda a vida e, de modo particular, aos pés da Cruz”, conforme afirmou o Papa João Paulo II, na Audiência de 9 de abril de 1997.

Ontem, hoje e por todo sempre, desejamos que o Imaculado Coração de Maria, fonte de graças e virtudes, sede a nossa salvação! Salve, Maria!

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por André Somensari